Você já deve ter percebido que muitas pessoas ao servirem uma taça de vinho, antes de saboreá-la, decidem se deliciar com os aromas exalados pela bebida, não é mesmo?
Porém, como compreender os aromas de um vinho? A primeira coisa que se deve entender é que todo aroma apresentado pelo vinho é decorrente de substâncias químicas nele presentes, originárias do tipo de uva e dos processos fermentativos, amadurecimento e envelhecimento a que são submetidas.
Mas por que sentimos aromas tão diferentes em alguns vinhos, como de manteiga, avelã e até mesmo cebola? É simples, quando dizemos, por exemplo, que o vinho tem aroma de manteiga é porque as moléculas voláteis que se desprendem do vinho são as mesmas ou semelhantes àquelas que se desprendem da manteiga.
No caso de vinhos com aroma de manteiga ou avelã, a molécula responsável é a diacetila, sendo possível encontrar em vinhos denominados Chardonnay, Montrachet. Ou seja, abrir uma deliciosa garrafa de vinho, além de relaxante é uma excelente aula de química.
Uma das grandes vantagens de saber distinguir e compreender um pouco mais sobre os aromas dos vinhos é que isso ajudará você a entender melhor o estilo de vinho que gosta, facilitando até mesmo na hora da compra. Segundo o especialista Émile Peynaud, os aromas de dividem em grupos como:
– Animais
– Balsâmicos
– Especiarias
– Frutados
– Florais
– Minerais
– Vegetais
– Químicos e outros
Como escolher um vinho conforme o aroma que me agrada?
É importante lembrar que os aromas são separados entre primários, secundários e terciários. Primários são originados da uva e do terroir diretamente, como os aromas florais e frutados. Os secundários manifestam-se no processo de vinificação, como o aroma de manteiga que citamos acima. Os terciários se formam do envelhecimento na garrafa, como os aromas terrosos. Portando, vinhos mais jovens possuem aromas primários e secundários mais fortes e conforme um vinho vai envelhecendo esses aromas vão sumindo e desenvolvendo aromas terciários.
Se você gosta de vinho floral ou frutado, escolha um vinho jovem. Porém, se você prefere um vinho com toque terroso, frutas secas, escolha um vinho mais maduro. E lembre-se, é interessante pesquisar os rótulos dos vinhos, é sempre possível aprender um pouco mais com o vinho dessa forma.
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